“O importante é competir!”
“A competição é saudável!”
Certamente existem muitas expressões sobre “competir”.
Entretanto, a prática mostra que poucas pessoas sabem,
realmente, o sentido “saudável” da competição.
O dia de hoje, em especial, é um ótimo exemplo dessa
afirmação.
Normalmente assumimos uma competição como sendo
algum tipo de atividade onde alguém ganha e outros, ou
muitos, perdem. Dito dessa forma, puramente, qual seria então
a vantagem “para todos” da competição?
Afinal, por que a competição seria saudável
e benéfica?
A questão é que, normalmente, vemos o assunto do
ponto de vista estritamente individual. EU ganho ou EU perco.
Então, não é assim? O que está faltando
nessa idéia? A resposta é simples: falta reconhecer
um objetivo comum.
Competição, isto é fato, sempre traz o melhor
de produtos e serviços...e algumas vezes o pior das pessoas.
Isso parece ser verdade no mundo atual dos negócios. Mas
certamente não deve ser assim no cotidiano das nossas vidas
pessoais e da nação. Somos criaturas sociais. Sobrevivemos,
vencemos todas as outras espécies por essa simples razão.
Contudo, na solidão dos nossos próprios pensamentos,
sempre existe uma “batalha” silenciosa e constante.
A motivação para tal batalha pode vir de várias
fontes. Vejamos, por exemplo, os resultados da insegurança
e dos medos que povoam a mente de um jovem iniciante em alguma
carreira. É comum surgir o sentimento de “vencer
ou perder” na competição pelo prestígio
junto aos “colegas de trabalho”. De certa forma, esse
é um sentimento gerado e alimentado na estrutura criada
pela sociedade, desde os tempos das notas de classificação
na escola, e reforçado pelo sistema eliminatório
do vestibular.
Refletido na personalidade, esse sentimento tem efeitos marcantes
na maneira como as pessoas encaram as atividades de grupo. Isso
“pega”! Causa dificuldades sérias. Apesar de
todo treinamento e discussões sobre o assunto “trabalho
em grupo” dentro da maioria das empresas e instituições,
esse sentimento intrínseco de competição,
muitas vezes “velada”, tende a revelar-se nos momentos
mais críticos, causando, na maioria dos casos, a falha
completa do grupo. Isso ocorre, simplesmente, porque os participantes
do time estão mais preocupados em “vencer”
a “luta” contra os colegas, olhando para interesses
próprios, ao invés de trabalharem juntos para os
ideais compartilhados. Os “egos”, ou as “agendas
ocultas”, acabam tendo maior prioridade.
Equipes de sucesso são formadas por pessoas que reconhecem
a importância do objetivo comum com maior prioridade quando
comparados com os individuais. Isso parece simples. Será?
Pense nas suas próprias experiências de vida e rapidamente
surgirão inúmeros exemplos negativos. Pense na nossa
própria história!
O fato é que a atitude de “vencer juntos” sempre
traz benefícios maiores, reduzindo os “estresses”
entre participantes e organizações, e contribuindo
de forma espetacular para o aumento da performance do grupo inteiro.
Como resultado, objetivos inalcançáveis individualmente
podem ser atingidos com relativa facilidade pela equipe bem coordenada.
Como sempre, liderança, motivação e controle
constante de resultados também são essenciais. Todavia,
é necessário que cada membro saiba, e “queira”,
fazer a sua parte. Sem isso não existe um time, apenas
um grupo com “a mesma cor de camisa”.
Hoje, o nosso desafio é reconhecer e indicar participantes,
fazer alianças e estabelecer relações sinergéticas
que resolvam nossos problemas e tragam benefícios reais
e honestos para todos os membros e instituições
do “time”. Construir um time que nos leve a atingir
os objetivos comuns da nossa sociedade. Isso se chama desenvolvimento.
Ordem e Progresso!
Essa não é uma tarefa simples. Não é,
certamente, tarefa para um indivíduo. É tarefa para
uma nação.
Hoje, escolheremos nossos “companheiros de time”.
Os problemas comuns nós conhecemos. Os objetivos comuns,
também. Resta a direção e a energia. A direção
deve ser única, mas a energia vem de cada um de nós.
Hoje, não vale o “ego” ou “a agenda oculta”.
Hoje, vale a pequena parcela de energia, a opinião de cada
um. Hoje, somos todos iguais. Hoje, a escolha é nossa.
Amanhã, seremos um time único...e a responsabilidade,
pelo sucesso ou pela derrota, será de cada um de nós.
Lembre-se! Pense bem no que Gandhi disse há
algum tempo atrás:
“Tudo
que fizermos individualmente será insignificante, mas é
muito importante que cada um de nós faça a sua parte!”
A
reprodução deste artigo é permitida
desde que seja na íntegra e que seja citada a fonte:
www.marcospontes.net |